Central de ‘disque-extorsão’ é desmantelada na Zona Oeste do Rio
Investigadores encontraram 58 telefones celulares com o grupo. Em cada um deles, uma conta bancária diferente estava logada. Polícia encontra 'disque-extorsã...

Investigadores encontraram 58 telefones celulares com o grupo. Em cada um deles, uma conta bancária diferente estava logada. Polícia encontra 'disque-extorsão' na Zona Oeste do Rio A Polícia Civil desmantelou uma central de “disque-extorsão” e fraudes digitais em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (15). Quatro pessoas foram presas. Elas são suspeitas de aplicar golpes em todo o estado. De acordo com as investigações da 42ªDP (Recreio dos Bandeirantes), o grupo fazia as vítimas pagarem boletos, alguns de valores altos. Os policiais encontraram 58 celulares na casa onde funcionava a central telefônica. Segundo eles, em cada um dos aparelhos estava logada uma conta bancária no aplicativo do banco. Os investigadores afirmam que o grupo pagava para que os donos das contas emprestassem os nomes para que a quadrilha pudesse cometer os crimes. “Era uma quadrilha muito bem estruturada, com diversos núcleos de atuação. O primeiro deles era responsável por buscar essas pessoas que abriam contas bancárias, inseriam os aplicativos nos celulares e entregavam os aparelhos para eles”, contou o delegado Alan Luxardo. Polícia Civil apreendeu 58 celulares em uma central do crime na Zona Oeste do Rio Reprodução/ TV Globo O responsável pelas investigações destacou que os golpistas faziam negociações falsas e chantagens. “Eles passavam para um segundo núcleo, que era responsável por captar as vítimas, tanto por estelionato como por extorsões. Era comum eles simularem a compra e venda de produtos, de mercadorias e, ao invés de pagar para a pessoa com a qual estava negociando, pagava para outra, afirmando que estava devendo. E assim acontecia o pagamento do boleto”, disse o delegado. Luxardo ressaltou que até relações românticas eram usadas pelos golpistas. “Em outras situações havia uma coação, as vítimas eram constrangidas. Era o caso de conversas telefônicas fakes no qual a pessoa mostrava nudes, era comprometido e começava a extorsão”, afirmou o delegado. Os agentes buscam outros integrantes da quadrilha, inclusive o chefe do grupo.