Cristina de Orleans e Bragança, bisneta da princesa Isabel e trineta de D. Pedro II, morre em Petrópolis
Cristina estava com 74 anos e morreu nesta quinta-feira (15) no Hospital da Unimed. Ela se recuperava de uma cirurgia no abdômen quando sofreu uma parada cardi...

Cristina estava com 74 anos e morreu nesta quinta-feira (15) no Hospital da Unimed. Ela se recuperava de uma cirurgia no abdômen quando sofreu uma parada cardiorrespiratória. Cristina de Orleans e Bragança morreu aos 74 anos em Petrópolis Arquivo da família Morreu nesta quinta-feira (15), aos 74 anos, Cristina de Orleans e Bragança, bisneta da princesa Isabel e trineta de D. Pedro II. Ela se recuperava de uma cirurgia no abdômen no Hospital da Unimed, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, quando sofreu uma parada cardiorrespiratória. Cristina era petropolitana, filha de Dom Pedro Gastão, irmã de Francisco de Orleans e Bragança e casada com Antônio Marinho. Ela deixa duas filhas - Anna Teresa e Paola Maria - e um neto. (Correção: o g1 errou ao informar que Cristina era tataraneta de D. Pedro II. Na verdade, era trineta. A informação foi corrigida às 20h39.) Tinha formação em biologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, já aposentada, morava no distrito de Itaipava. Fotos do arquivo da família mostram a admiração que Cristina de Orleans e Bragança tinha por cavalos, que aprendeu a gostar com o pai. O corpo será velado no sábado (17) na funerária Oswaldo Cruz e sepultado no mesmo dia no Cemitério Municipal. Cristina de Orleans e Bragança era formada em biologia e gostava de cavalos, que aprendeu a admirar com o pai, Dom Pedro Gastão Arquivo da família 'Família imperial' no Brasil Entenda a situação da 'família imperial' no Brasil Notícias envolvendo descendentes da "família imperial" no Brasil podem fazer ressurgir velhas questões, como, por exemplo, se é certo ou não usar títulos ou se os membros da família ainda têm privilégios na sociedade. Na ocasião da morte de Dom Antônio Orleans e Bragança, em novembro do ano passado, o g1 explicou que, para alguns historiadores, ser parente da Princesa Isabel (filha de D. Pedro II) não significa ter privilégio na sociedade, porque a “condição” não é reconhecida pelo Estado brasileiro. Outros estudiosos, no entanto, entendem que uma família imperial não precisa estar reinando para ter um título, entendendo que ela continua sendo reconhecida como uma dinastia, mesmo em um regime republicano. Quanto ao recebimento de laudêmio, apelidado como "Taxa do Príncipe", não é um benefício, já que, enquanto numa monarquia seus membros (e seus custos) são bancados pelos impostos pagos pela sociedade, atualmente, os descendentes recebem o laudêmio porque têm a propriedade da terra, não porque são príncipes, como explicou o professor Marcus Dezemone, professor de História do Brasil da UFF (Universidade Federal Fluminense) e da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Se da noite para o dia o Brasil amanhecesse uma monarquia, quem seria o imperador? A linha sucessória é outro tema controverso — até dentro da família. Isso porque houve uma divisão entre os descendentes da Princesa Isabel. Ela teve 3 filhos: Dom Antônio (1871-1918), que não teve filhos; Dom Pedro Alcântara (1875-1940), que ficou no ramo de Petrópolis; Dom Luís Gastão (1878-1921), que abriu o Ramo de Vassouras. A família imperial brasileira é dividida em dois ramos: o de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, e o de Vassouras, no Sul do estado. A chefia da família pertence ao ramo de Petrópolis, com Dom Pedro Carlos de Orleans de Bragança, primo de 2º grau de Dom Antônio de Orleans e Bragança, príncipe que faleceu no ano passado. Com a morte de Antônio, Dom Rafael, do ramo de Vassouras, passaria a ser reconhecido como príncipe imperial. Já para o conjunto da dinastia, a chefia se encontra com o príncipe imperial Dom Pedro Carlos Orleans e Bragança, cujo herdeiro imediato é Dom Pedro Thiago.