Polícia e MPRJ fazem operação contra milícia que usou empresas de fachada para movimentar R$ 8 milhões

As equipes atuaram nos bairros Sargento Roncalli e Babi e vasculharam casas ligadas a pessoas usadas como laranjas no esquema de lavagem de dinheiro da quadrilh...

As equipes atuaram nos bairros Sargento Roncalli e Babi e vasculharam casas ligadas a pessoas usadas como laranjas no esquema de lavagem de dinheiro da quadrilha. Entre os integrantes da organização criminosa investigados, estão três ex-militares das Forças Armadas. Polícia e MPRJ fazem operação contra milícia que usou empresas de fachada para movimentar R$ 8 milhões A Polícia Civil e o Ministério Público realizaram nesta quarta-feira (30) uma operação de combate a uma milícia que usou empresas de fachada para movimentar R$ 8 milhões em um ano em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. As equipes atuaram nos bairros Sargento Roncalli e Babi e vasculharam casas ligadas a pessoas usadas como laranjas no esquema de lavagem de dinheiro da quadrilha. Entre os integrantes da organização criminosa investigados, estão três ex-militares das Forças Armadas. Os investigadores descobriram que empresas de fachada foram abertas em áreas de difícil acesso ou sob domínio da milícia, justamente para dificultar a ação da polícia. Entre os negócios usados para lavar o dinheiro do crime estavam distribuidoras de gás e provedores de internet. "Essa operação que visa combater a milícia de Belford Roxo e queria verificar a movimentação superior a R$ 8 milhões por ano, e com esse grupo de ex militares com movimentação muito acima das suas rendas normais”, afirmou o delegado Vinicius Miranda, responsável pela investigação. A ação foi realizada por policiais da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) e agentes do Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. “Conseguimos apreender veículos, muita arma, muita munição, além de muitas informações novas sobre a movimentação dessa milícia", pontuou o delegado. O principal alvo é Anderson da Silva Farias, O “Japonês”. Ele foi preso em 2022, mas desde o início do ano está em liberdade condicional. Segundo a polícia, ele é miliciano e atua nos bairros Babi e Sargento Roncalli, em Belford Roxo. A expectativa é que o material recolhido hoje ajude a rastrear o dinheiro e a desmontar a estrutura financeira que sustenta a milícia na baixada. Pressão por votos e taxa semanal paga no pix Milícia em Belford Roxo cobra taxa, escolhe político a ser votado e corrompe PMs, diz MP Esse foi o segundo dia seguido de operação contra milícia em Belford Roxo. Na ação de terça-feira, o alvo era o grupo chefiado pelo miliciano Gustavo Sena De Castilho, conhecido como Pulga. Pulga foi preso em outubro do ano passado. Na operação, dois criminosos foram presos. Outros seis já estavam na cadeia. Segundo o Ministério Público, o grupo fazia cobranças de taxas semanais no pix, articulava para a escolha de políticos a serem votados nas eleições e corrompia agentes públicos.