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Sobrinha do pintor morto em pagode por PM faz desabafo: 'Desprotegido pelas próprias pessoas que deveriam proteger'

Monique Monteiro postou um vídeo em suas redes sociais cobrando justiça pela morte do tio Jorge Mauro Ruas de Paiva, de 51 anos, assassinado à queima-roupa p...

Sobrinha do pintor morto em pagode por PM faz desabafo: 'Desprotegido pelas próprias pessoas que deveriam proteger'
Sobrinha do pintor morto em pagode por PM faz desabafo: 'Desprotegido pelas próprias pessoas que deveriam proteger' (Foto: Reprodução)

Monique Monteiro postou um vídeo em suas redes sociais cobrando justiça pela morte do tio Jorge Mauro Ruas de Paiva, de 51 anos, assassinado à queima-roupa pelo policial que atua no 41º Batalhão da PM e não teve o nome divulgado. Sobrinha do pintor morto em pagode por PM faz desabafo nas redes sociais A morte do pintor Jorge Mauro Ruas de Paiva, de 51 anos, durante um pagode em um bar de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na madrugada de sábado (10), assassinado à queima-roupa por um policial militar, nunca mais vai ser esquecida pela família do trabalhador. Monique Monteiro, sobrinha de Jorge, postou em suas redes sociais um vídeo que mostra como a família está abalada e revoltada com o crime bárbaro. Ela fez o desabafo na internet e, emocionada, questionou: "Até quando a gente vai ser desprotegido pelas próprias pessoas que deveriam proteger a gente?", disse Monique. PM é suspeito de ser o homem que matou outro em pagode em Nova Iguaçu Segundo a família do pintor, ele não se envolveu em nenhuma briga no dia do crime e não conhecia o PM que deu vários disparos contra ele. "O meu tio estava nesse bar celebrando uma inauguração, depois de um dia cheio de trabalho e foi brutalmente assassinado, sem defesa. Não teve luta, não teve nada. Só esse assassino, andando no meio da multidão segurando uma arma e disparando contra ele. Sem defesa", relatou a sobrinha da vítima. "O meu tio não era bandido. Ele era trabalhador, um homem honesto, pai de família. Criou três filhos maravilhosos, honestamente. Um filho muito amado, presente, marido. Uma pessoa que nunca vai ser esquecida. Mas isso nunca deveria ter acontecido", reforçou Monique. Jorge Mauro Ruas de Paiva tinha 51 anos Reprodução A sobrinha de Jorge cobrou justiça das autoridades do Estado do Rio de Janeiro, para que o assassino seja encontrado e preso. "A minha família precisa de justiça. A minha vó, de cabeça branca, tendo que enterrar o filho dela, um dia antes do dia das mães. Meu primo tendo que carregar o caixão do pai dele, um dia do aniversário dele". "A minha família nunca mais vai esquecer isso. E que a justiça seja feita. Até quando Nova Iguaçu e Comendador Soares vai ser esquecida e abandonada", questionou. O assassino de Jorge era cabo da Polícia Militar, que não teve sua identidade revelada. Crime flagrado Um vídeo de uma câmera de segurança do bar registrou o crime. Nas imagens, o PM, que atua no 41º Batalhão aparece caminhando no bar, de camisa regata, bermuda, chinelo e bermuda. Aparentando tranquilidade, ele segura com uma mão uma lata e um copo de bebida. Na outra, carrega a pistola. Sem que ninguém note qualquer movimento violento, o PM estica o braço e começa a atirar. A motivação para o crime ainda é investigada. Testemunhas afirmaram que os dois teriam brigado no bar onde acontecia o pagode, na Rua Manoel Henrique, no bairro Comendador Soares. A família, no entanto, nega qualquer briga, e diz que o atirador escolheu a vítima aleatoriamente. Segundo os parentes, o policial estava atirando a esmo nos arredores e, depois, foi em meio à multidão e escolheu qualquer um para matar. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) foi acionada e investiga o crime. Diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação do crime. Quem tiver informações sobre o paradeiro do atirador pode entrar em contato com o Disque Denúncia: 2253-1177. O anonimado é garantido. O que diz a PM Veja a nota da PM: "A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que um processo apuratório foi instaurado e está colaborando com as investigações junto a Polícia Civil. O comando da corporação reitera ainda que não compactua com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos".