Justiça do Rio confirma a falência da GAS Consultoria, empresa do ‘Faraó dos Bitcoins’
Segundo o último levantamento feito pela administração judicial, o valor total da dívida da empresa soma mais de R$ 3,8 bilhões, com uma relação prelimin...

Segundo o último levantamento feito pela administração judicial, o valor total da dívida da empresa soma mais de R$ 3,8 bilhões, com uma relação preliminar de 62.604 mil credores que apresentaram documentação comprovando o seu crédito. Glaidson dos Santos Reprodução/Fantástico O juiz Arthur Eduardo Magalhães Ferreira, da 5ª Vara Empresarial do Rio, confirmou nesta sexta-feira (16) a antecipação dos efeitos da falência da GAS Consultoria e Tecnologia e decretou a quebra da empresa. A companhia é controlada por Glaidson Acácio dos Santos, acusado de operar um esquema ilegal de criptomoedas e pirâmides financeiras e conhecido como “Faraó dos Bitcoins”. Segundo o último levantamento feito pela administração judicial, o valor total da dívida da empresa soma mais de R$ 3,8 bilhões, com uma relação preliminar de 62.604 mil credores que apresentaram documentação comprovando o seu crédito. Inicialmente, a administração judicial chegou a receber 127.785 cadastros, mas parte considerável dos investidores não apresentou os documentos necessários. O maior número de credores (74%), de acordo com o estudo, fez investimentos na faixa de até R$ 50 mil, representando, contudo, apenas 26% do valor total da dívida da massa falida. Por outro lado, somente 5% dos credores possuem créditos acima de R$ 200 mil, porém, representam um percentual de 39% do valor total da dívida. De acordo com as investigações, a GAS prometia aos clientes um retorno mensal de 10% sobre o valor investido. A empresa havia entrado com o pedido de recuperação judicial em maio de 2022. Porém, em 16 de fevereiro de 2023, a 5ª Vara Empresarial do Rio decidiu antecipar os efeitos da falência. Com isso, a companhia foi afastada de suas atividades, tendo sido decretado, na ocasião, o vencimento antecipado das dívidas e a indisponibilidade de todos os bens particulares dos sócios, para garantir o pagamento de credores. Preso em agosto de 2021, na Operação Kriptos, da Polícia Federal (PF), Glaidson foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de liderar uma organização criminosa responsável por um milionário esquema de pirâmide financeira iniciado em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A GAS pertence a Glaidson e à sua mulher, a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa. Atualmente, Glaidson está no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Já Mirelis está presa nos Estados Unidos desde janeiro de 2024, depois de ficar foragida por 2 anos e meio. Faraó dos Bitcoins é transferido para presídio de segurança máxima fora do RJ